segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Doce veneno


O consumo excessivo de açúcar pode aumentar o risco de depressão e estresse, além de prejudicar conexões neurológicas.

Na mesma época em que os europeus desembarcaram na América, uma mania alimentar invadia a Inglaterra e um sabor exótico, maravilhosamente doce, chegava das Índias Orientais: o açúcar. Os ingleses temperavam quase tudo com o novo produto, até mesmo batatas, carnes, ovos e vinho. A moda tomou conta do país rapidamente. Se pudesse, muita gente comeria açúcar puro na colher. A maioria, porém, não podia, já que o item era bastante caro.  A paixão, aliás, fez muitos ricos ficarem com dentes escuros e podres. E os pobres, que não tinham acesso a tanto açúcar, chegavam a ponto de pintar os dentes de preto.Uma moda que leva as pessoas a ter dentes estragados – ou a falsificá-los – parece um tanto bizarra quando vista pela perspectiva do século 21. Mas o problema é que o frisson açucareiro segue o mesmo percurso – ou se mostra até mais preocupante – desde os dias do rei Henrique 8o. O consumo de açúcar pelos britânicos na época era de aproximadamente 9 quilos por pessoa por ano, enquanto hoje é de quase 40 quilos. Nos Estados Unidos, a situação é ainda pior: são quase 60,5 quilos por pessoa, anualmente. E aqui no Brasil, 51 quilos anuais – mais de 4 quilos por mês.

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