segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Epigenética da dependência química
Nos últimos dez anos, os biólogos que estudam o desenvolvimento embrionário e do câncer encontraram um amplo espectro de mecanismos moleculares no qual o ambiente é apontado como responsável por mudanças no comportamento dos genes sem alterar a informação neles contida. Em vez de produzir genes mutantes, essas modificações epigenéticas marcam os genes de forma que podem alterar seu nível de atividade – em alguns casos definitivamente.Descobrimos sinais de que mudanças epigenéticas pelo uso de drogas ou estresse crônico podem mudar a forma como o cérebro responde à experiência: forçando a pessoa a reagir com resiliência ou a sucumbir ao vício, depressão ou uma série de outros transtornos psiquiátricos.Em termos simples, um gene é uma extensão do DNA que especifica a formação de uma proteína, que realiza a maioria dos processos celulares, controlando o comportamento das células. O DNA é enrolado em torno de proteínas chamadas histonas e depois é ainda mais condensado em estruturas chamadas cromossomos.A combinação de proteína e DNA nos cromossomos é chamada cromatina. Esse empacotamento do DNA ajuda a regular o comportamento dos genes. Um empacotamento mais apertado tende a manter os genes num estado inativo. Mas, quando um gene é necessário, a seção de DNA onde ele se encontra desenrola-se um pouco.
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